Sábado, 02 de Agosto de 2025
Uma das vozes mais inspiradoras e poéticas de defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica surge na grande tela. O depoimento do xamã e ativista Davi Kopenawa Yanomami no filme Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, dirigido por Tainá de Luccas e Marco Altberg parece ultrapassar a tela do cinema e atingir o público, que se comove com suas palavras.
Além de um documentário, o filme, apresentado no Festival de Cinema Sul-Americano (Cinesur) em Bonito (MS), é um manifesto que propõe reflexões poéticas e políticas sobre os saberes ancestrais, a crise ambiental e a resistência indígena. A mostra fala sobre a urgência das questões ecológicas contemporâneas, especialmente aquelas que afetam diretamente as comunidades e ecossistemas sul-americanos.
Segundo a curadora, os filmes da Mostra Ambiental retratam a destruição, a crise ambiental e a urgência sobre esse tema. Por outro lado, há filmes que também apresentam algumas soluções para esses problemas, como o que retrata Kopenawa.
Esse cinema ambiental, destacou Elis Regina, não surgiu hoje, mas vem ganhando cada vez mais visibilidade. Somente neste ano, a curadoria do Cinesur recebeu 47 filmes para concorrer na Mostra Ambiental, entre curtas e longas-metragens, que serão apresentados até o dia 2 de agosto.