Terça, 02 de Dezembro de 2025

MPMS recomenda suspensão da instalação de antena de telefonia em praça pública de Bonito

Ministério Público expede recomendação para paralisação imediata das obras na Praça da Marambaia, visando proteger saúde pública e meio ambiente

02/12/2025 às 13:00
Por: Redação
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) recomendou ao Município de Bonito/MS a paralisação imediata das obras de instalação de uma antena de telefonia celular na Praça da Marambaia, localizada na região do Rincão, área amplamente frequentada por famílias e crianças. A recomendação, datada de 19 de novembro de 2025, foi baseada em denúncia anônima que apontou a instalação da antena em uma praça pública, local de intensa convivência comunitária e lazer, fato que pode implicar em potencial exposição permanente da população vulnerável a campos eletromagnéticos, além de suprimir área de lazer e causar impacto ambiental e visual. O documento enfatiza o direito à saúde conforme o artigo 196 da Constituição Federal, o dever de proteção do meio ambiente equilibrado e da infância, conforme previsto nos artigos 225 e 227 da Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Também destaca normas específicas para estações transmissoras de radiocomunicação e rezões de precaução diante das controvérsias científicas acerca dos efeitos da radiação não ionizante. O MPMS recomenda que o município suspenda todas as obras autorizadas pelo Termo de Permissão de Uso nº 019/2025, notifique formalmente a empresa responsável DT BRASIL GESTÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA e realize ampla consulta pública à comunidade local, especialmente moradores do entorno da praça. Além disso, o município deve informar os critérios técnicos, ambientais, urbanísticos e sanitários para a escolha do local, apresentar estudos sobre os possíveis impactos à saúde, comprovar o atendimento aos limites legais de exposição a campos eletromagnéticos e realizar estudo comparativo considerando alternativas que causem menos impacto. A paralisação deve permanecer até que sejam prestadas as informações requisitadas, apresentados estudos técnicos comprobatórios e demonstrada a inexistência de locais alternativos mais adequados. Caso a recomendação não seja atendida, o Ministério Público acionará medidas judiciais cabíveis. A medida visa assegurar os direitos fundamentais à saúde, ao meio ambiente equilibrado e à proteção integral das crianças, promovendo a prevenção e o respeito a espaços públicos essenciais para a comunidade. O MPMS determinou a divulgação da recomendação a diversos órgãos e entidades, e a sua publicação integral no Diário Oficial do Ministério Público para ciência pública.

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