MS reafirma compromisso contra a violência a mulheres em evento nacional

O Governo de Mato Grosso do Sul reiterou seu compromisso no enfrentamento à violência contra as mulheres ao sediar o 3º Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira. O evento ocorreu nos dias 4 e 5 de dezembro de 2025, em Campo Grande, reunindo gestoras de diferentes regiões, autoridades federais e estaduais, além de agentes do sistema de justiça e segurança. O principal objetivo foi fortalecer o pacto interfederativo na prevenção e proteção das mulheres.

A abertura do encontro teve como destaque a fala de Viviane Luiza, secretária de Estado da Cidadania, que ressaltou a importância do Mato Grosso do Sul sediar o evento. Ela relembrou que a primeira Casa da Mulher Brasileira foi implantada no estado, simbolizando o alinhamento do estado em políticas integradas contra a violência de gênero.

Apoio federal e novas estratégias

Márcia Lopes, ministra das Mulheres, presente no evento, fez um apelo pela responsabilidade política no enfrentamento à violência contra as mulheres. Enfatizou a importância de ações rápidas e firmes, destacando o compromisso do presidente Lula com a causa.

"Queremos ver mulheres vivas, protagonistas e felizes. É por isso que estamos aqui: para garantir que nenhuma mulher seja silenciada", afirmou Lopes.

No discurso, o vice-governador José Carlos Barbosa, conhecido como Barbosinha, destacou os avanços institucionais no estado, mencionando a melhoria nos fluxos de processos e a integração com o Tribunal de Justiça, permitindo o cumprimento imediato de medidas protetivas de urgência por policiais.

Diálogo e aprimoramento contínuo

Carla Stephanini, coordenadora estadual da Casa da Mulher Brasileira, celebrou suas duas décadas de dedicação às políticas públicas e mencionou o foco na proteção das mulheres e responsabilização dos agressores.

"Toda nossa energia e determinação estão dedicadas a proteger mulheres e responsabilizar agressores", enfatizou Stephanini.

O encontro também envolveu debates sobre diversos temas, como a Oficina Ligue 180, e ocorreu uma análise detalhada do Diagnóstico das Casas da Mulher Brasileira. Discussões sobre gestão, governança e integração das perspectivas raciais também estavam na pauta, mediadas pela ONU Mulheres.

A programação do segundo dia do encontro aprofundou tópicos como o Protocolo de Atendimento a Mulheres LBTI e iniciativas para fortalecimento da autonomia econômica através do SEBRAE. Também foram apresentadas ferramentas de análise e monitoramento, como o DATA Mulheres.

Estela Bezerra, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, destacou: "A execução de mulheres é a chaga mais dura da nossa sociedade. É impossível naturalizar mulheres sendo mortas porque disseram 'não'."

A reunião encerrou com um espaço de diálogos e trocas, visando a construção interfederativa das Casas da Mulher Brasileira (CMBs), além da palestra sobre estratégias futuras de formação continuada da rede.